Regresso à casa do Pai do Papa Bento XVI
Em 1999, o então cardeal Joseph Ratzinger foi admitido na Ordem Soberana de Malta com o grau de Bailio da Grã-Cruz de Honra e Devoção pelo Grão-Mestre Fra‘ Andrew Bertie. Ao longo do seu pontificado, Bento XVI demonstrou grande interesse pelas obras da Ordem de Malta ao serviço dos mais necessitados e acompanhou a sua atuação nos cinco continentes. Poucos dias antes de sua renúncia, o Papa Bento XVI celebrou em 9 de fevereiro de 2013 o 900º aniversário da Bula Papal de 1113 que reconheceu a Ordem de Malta. Dirigindo-se a cavaleiros, damas e voluntários na Basílica de São Pedro, afirmou que “desde os seus primeiros tempos, a Ordem de Malta se caracterizou pela fidelidade à Igreja e ao Sucessor de Pedro, e também pela sua irrenunciável identidade espiritual, caracterizada pelos elevados ideais religiosos. Continuai a percorrer este caminho, dando testemunho concreto da força transformadora da fé”. Acrescentou ainda: “a vossa Ordem, em comparação com outras organizações que se empenham no cenário internacional no cuidado dos doentes, na solidariedade e na promoção humana, distingue-se pela inspiração cristã que deve orientar constantemente o compromisso social dos seus membros. Assegurai-vos de conservar e cultivar esta vossa qualidade e trabalhar com renovado ardor apostólico, mantendo uma atitude de profunda sintonia com o Magistério da Igreja. A vossa actividade beneficente, desenvolvida em vários âmbitos e em diversas partes do mundo, e particularmente centrada no cuidado dos enfermos através dos hospitais e institutos de saúde, não é mera filantropia, mas expressão eficaz e testemunho vivo do amor evangélico”.